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A riqueza da cultura mexicana
A riqueza da cultura mexicana
06 SET 2017
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#Cultura

A cultura nacional mexicana é resultado do processo de acomodação entre as culturas indígenas e a dominação colonial espanhola que durou três séculos até a independência, em 1821. No século 19, a formação da cultura e da política nacional permaneceu uma tarefa difícil, principalmente devido à instabilidade política, levantamentos militares e invasões estrangeiras. Após a revolução, a ênfase passou das diferenças raciais para as diferenças culturais. O valor atribuído aos povos indígenas do México também mudou. A grandeza da cultura pré-colombiana foi incorporada às imagens nacionais. Ao mesmo tempo, persistiram as ideias e políticas que sublinharam a uniformidade e a homogeneidade da cultura desse país incrível. A história do México de relacionamentos complicados com poderes coloniais ou imperiais explica seu impulso atual para uma identidade orgulhosa e autoconsciente. Por tudo isso, a cultura mexicana é um vasto território que engloba enormes diferenças de identidade. A variedade de influências ao longo da história, desde a antiga civilização Maia até a presença dominante da Europa, moldou e definiu o México de hoje.

 

Artes

Anthony Quinn foi uma das estrelas de cinema mais respeitadas do século 20 e o mais famoso ator mexicano de todos os tempos, tendo ganhado duas estatuetas do Oscar ao longo de sua carreira. Pintores e muralistas mexicanos também compõem uma das culturas artísticas mais diversificadas e renomadas de toda a América espanhola e talvez do mundo. A amplitude de formas, estilos e expressões da pintura mexicana é fascinante. Artistas mexicanos como Miguel Cabrera, José de Ibarra, Juan Correa ou Cristóbal de Villalpando são conhecidos por sua arte religiosa e produção abundante. Após a revolução, o governo queria promover a arte e educar as pessoas e, nesse contexto, o muralismo foi visto como a ferramenta perfeita para isso, dado o alto nível de analfabetismo da população. Diego Rivera, José Orozco e David Siqueiros são famosos por seus trabalhos em mural de grande formato. Juntamente com os muralistas havia um grupo de pintores mexicanos que queriam ficar longe da arte politizada e seguiram seus próprios caminhos. A chamada "Geração da Ruptura" reúne nomes como Rufino Tamayo, Vlady e Pedro Coronel. Outros pintores famosos da história do México são os inconfundíveis e pessoais Frida Kahlo, Juan Soriano e Maria Izquierdo. Frida, sem dúvidas, é um dos ícones da cultura mexicana, tendo sido casada com o muralista Diego Rivera. No Guacamole, Frida é homenageada com gravuras, telas e esculturas, além da linha de souvenirs dedicada a esta grande mulher. No século 21, a pintura mexicana continua a florescer com artistas que cobrem todos os estilos: do figurativismo indigenista ao hiperrealismo ou abstração, com nomes como Eliseo Garza, Enrique Pacheco, Maragita Orozco ou Vicente Rojo. Herdeiros de uma história rica, os pintores mexicanos continuam a florescer e inovar.

 

 

 

 

Gastronomia

O México tem uma cultura culinária extensa e sofisticada, com uma grande variedade de pratos regionais. Três produtos constituem a base da maioria dos pratos mexicanos: milho, pimentões e feijões, decorrência do período pré-colombiano. O milho é consumido de todas as formas possíveis, mas a mais importante é a tortilla feita de massa de milho e em muitos tamanhos. Quando as tortillas são recheadas com carne ou outros ingredientes, viram tacos ou quesadillas, especialmente populares no México central. Grande parte da sofisticação da cozinha mexicana vem do uso de mais de cem diferentes tipos de chili, que vão desde o grande e doce chili ancho, até o pequeno e extremamente quente chili habanero.

 

 

História e guerras

O México perdeu grandes porções de seu território original. A guerra com os Estados Unidos, entre 1846 e 1848, estourou quando os EUA tentaram anexar o Texas independente e terminou com as forças americanas derrotando o exército mexicano. O tratado de paz de 1848 cedeu o Texas, a Califórnia e o Novo México aos Estados Unidos e reduziu o território mexicano pela metade. Apesar desta perda trágica, a guerra contribuiu para o desenvolvimento de um nacionalismo genuíno pela primeira vez. Em 1853, em uma decisão contraditória, o governo mexicano vendeu o atual sul do Novo México e o Arizona para resolver problemas orçamentários. A relação entre o México e os Estados Unidos permaneceu difícil desde então. O México foi invadido, novamente, em 1862, desta vez pelos franceses que instalaram uma monarquia em coalizão com elites mexicanas conservadoras. A guerra civil se seguiu até que os franceses foram derrotados pelos liberais mexicanos em 1867, quando surgiu uma nova república que, finalmente, se tornou um Estado-Nação.

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www.guacamolemex.com.br

Imagem: Autorretrato, 1940
Fontes: donquijote.org; everyculture.com

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